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Desde 1995 que abriu portas ao público no bonito Convento do Mosteirinho, em pleno centro da vila de Serpa. Ao longo das suas dez salas de exposição, este museu, único na Península Ibérica e apenas um dos cinco em todo o mundo que se dedicam em exclusivo ao relógio, possui um espólio de respeito. Conta com 1600 relógios mecânicos, de pulso ou parede, com a particularidade que nenhuma destas máquinas tem pilhas. Isso não, os segundos acertam-se pela corda que é dada pelo movimento do próprio objecto, até porque segundo o conceito de António D’Almeida, um relógio a pilhas não é um verdadeiro relógio. E todos os relógios mecânicos devem ser lubrificados para funcionarem bem, pois o óleo é o sangue da máquina.
A paixão de António D’Almeida por estes objectos começou precisamente quando o seu avô lhe ofereceu três relógios avariados, logo tratando de arranjar engenho para os consertar. Desde cedo aprendeu que ao contrário de um automóvel, por exemplo, um bom relógio é eterno e passa de geração em geração, sendo talvez a única peça de vaidade que um homem usa, ao contrário da mulher que exibe as suas jóias.
2008-12-30 16:33:05